As estrias continuam sendo uma das principais queixas estéticas no consultório dermatológico. Ë uma afecção muito comum e, apesar de ser considerada uma queixa estética, pode trazer importantes conseqüências psicossociais ao indivíduo acometido. Além disso, o aparecimento de estrias pode refletir alterações do tecido conjuntivo e expressar condições patológicas locais e sistêmicas.
Seu aspecto visual demonstra a atrofia da pele de forma linear, alongada, ondulosa, deprimidas (porém às vezes podem ser salientes; hipertróficas),mas sempre moles e depressíveis. Sua coloração especial costuma se rósea-avermelhada, roxa ou azulada e ao final se torna branco-nacarada.
As causas comprovadas são:
Predisposição genética (presença de história familiar de um dos lados paternos ou doeças genéticas como Síndrome de Marfan, Ehlers-Danlos, Displasia Ectodérmica, etc.) Fatores hormonais e bioquímicos (puberdade, gestação, uso de corticóides orais, tópicos e injetáveis) Estiramento da pele ( rápidas mudanças de peso, levantamento de cargas e musculação, expansão tecidual, suturas com tensão e, mais recentemente, estrias relacionadas a cirurgia de aumento das mamas ) Deficiências nutricionais (carência de uma ingestão diária equilibrada e saudável de vitaminas, sais minerais, colágeno, fibras, encontrados em diversos alimentos como frutas e vegetais frescos, gelatina, mocotó...)
Gestação:
Em relação as gestantes vale lembrá-las que 70% delas desenvolverão estrias durante a gravidez. Elas tendem a se desenvolver a partir da 25 semana gestacional. Fatores genéticos em combinação com as alterações hormonais típicas deste estado, mais o estiramento da pele e deficiências nutricionais específicas provocam este aumento percentual.
Através de uma análise estatística, observou-se que existem quatro fatores de risco para estrias na gestação:
Gestação em idade inferior a 25 anos.
Ganho de peso materno superior a 15 Kg durante toda a gestação .
Rescém-nascido de grande peso (superior a 3.500 g).
Uso de corticóide sistêmico durante a gestação (nos casos em que se faz necessário a maturação precoce do feto).
Em relação a cor da pele (raça) não foi encontrada diferença estatística significativa. Porém no que diz respeito ao grau de instrução materna, pode se perceberuma tendência para maior freqüência de estrias em pacientes menos instruídas.
O uso de cremes e óleos contendo tocoferol, extrato de centelha asiática, hidrolizado de colágeno e elastina, entre outros ativos, ajudou a prevenir o desenvolvimento de estrias em muitas mulheres.
Tratamento:
Como a sua patogênese é multifatorial, o tratamento compreende vários aspectos:
Melhoria da qualidade nutricional, às vezes sendo necessária suplementação adjuvante,
Intensa hidratação da pele, no mínimo 2xdia, em todo corpo, principalmente nas áreas de maior risco: mamas, bumbum, coxas, abdome, quadril. Nos casos de pessoas que praticam musculação cuidados especiais com o peitoral, bíceps e coxas!!!
Uso de ácidos na forma de cremes (ac. retinóico, ac. glicólico, AHA de frutas, ac. ascórbico, etc) e/ou na forma de peelings.
Peelings de cristal ou diamante (várias sessões)
IPL ( intense pulsed light ) (várias sessões)
Radiofreqüência ( bipolar com leve vacum, quadripolar, octopolar)
Lasers fracionados de Erbyun ou CO2 (várias sessões)
Vale lembrar que hoje já se é possível efetuar alguns tratamentos para estrias durante o período gestacional, prevenindo, desta forma, a progressão, a multiplicação e o alargamento dessas estrias.
A época ideal para se efetuar um tratamento anti-estriasé ainda quando elas estão róseo-arroxeadas e ainda não possuem um grande grau de atrofia cutânea. Mas, já nos dias de hoje, existem técnicas que ajudam a atenuar estrias brancas!!!
No caso de suas estrias serem totalmente brancas o melhor a fazer seria se programar para várias sessões de lasers fracionados ( pixel-CO2 ou pixel-Erbyun) . Depois sim o uso de outros agentes terapêuticos conseguiriam penetração suficiente para auxiliar no resultado estético final.
O que se preconiza hoje é uma boa avaliação dermatologia da estria a ser tratada e fazer um planejamento terapêutico (normalmente será uma associação de técnicas). O objetivo é alcançar o melhor resultado final possível dentro de uma realidade orçamentária do paciente em questão, uma vez que estes procedimentos ainda, em sua maioria, são de alto custo.
Para saber o tipo de tratamento indicado para cada tipo de estria, é necessária uma avaliação médica dermatológica.
Dra. Luciane Hyppólito dos Santos
CRM 17644/ RQE 9833
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