Psoríase é uma doença de pele, não contagiosa, que afeta mais de 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil são mais de 5 milhões de portadores de psoríase. É uma doença crônica, mas a grande maioria dos afetados consegue levar uma vida perfeitamente normal, sem maiores transtornos. É uma doença que se caracteriza pelo aparecimento de lesões na pele avermelhadas e elevadas, geralmente com escamação esbranquiçada, em qualquer lugar do corpo. A Psoríase não é transmissível. Ninguém contrai a psoríase, qualquer pessoa pode desenvolver a psoríase ao longo de sua vida, em qualquer idade, embora normalmente a doença apareça entre 20 e 40 anos. Não há nada que se possa fazer para prevenir o surgimento da psoríase e também não existe uma forma de prever se a doença irá se manifestar em alguém.
A Psoríase é considerada uma doença com múltiplas causas, destacando-se a existência de um componente genético. A pessoa nasce com uma informação no seu DNA que pode significar a possibilidade de desenvolvimento da doença. Mesmo havendo o componente genético, isso não significa que a psoríase seja necessariamente hereditária, significando que, mesmo que os pais não tenham psoríase, a doença pode manifestar-se nos filhos.
É comum o surgimento da psoríase estar relacionada a crises emocionais enfrentadas pelos pacientes. O que mais se questiona é se existe cura para a psoríase. A resposta é: pode-se controlar a doença. As lesões podem desaparecer e não reaparecer durante anos e, algumas vezes, nunca mais voltar. Porém para a maioria dos pacientes, a psoríase é uma doença crônica com períodos de
erupções e períodos sadios. A psoríase provoca grandes prejuízos à qualidade de vida dos portadores, pois atinge a aparência das pessoas, comprometendo a interação social e a auto-estima.
Se psoríase não provoca dor física, muitas vezes provoca uma dor psicológica aguda, que é tão cruel quanto qualquer outro tipo de sofrimento. Existem vários tratamentos para psoríase, mas como a doença se desenvolve de forma diferente em cada paciente, também cada paciente reagirá de forma diferente ao mesmo tratamento. Qualquer tratamento deve ser indicado e orientado por um dermatologista.
O tratamento hoje de Primeira Linha continua sendo a Fototerapia. Existem várias formas de fototerapias. As Cabines de UVA, Cabines de UVB narrow-band e excymer-laser 308. Os tratamentos com cabines têm baixos custos e pouquíssimos efeitos adversos, porém exige-se acompanhamento médico especializado e só deverá ser realizado em clínicas especializadas no assunto, com respaldo de um médico dermatologista.
Normalmente um tratamento bem feito de fototerapia para psoríase corresponde a mais ou menos 30 a 50 cabines corporais (associada ou não a cabine Mao-Pé ou ao Excymer laser). Depois o controle será mantido com tratamento local. A cada nova recidiva (“crise”) a fototerapia poderá ser repetida, já que é um tratamento barato e de rápidos resultados e com baixíssimos efeitos colaterais ao paciente portador. Depois de 3 tratamentos completos para psoríase com a fototerapia e com recidivas corporais graves, deve-se pensar em mudança de terapia.
A maioria das terapias sistêmicas (metotrexato, ciclosporina, azatioprina, acitretina) são teratogênicas, isto é, podem causar sérios danos na formação do feto, porém, quando bem indicadas e com seguimento médico-dermatológico adequado, consegue-se grande sucesso no controle da doença.
Os medicamentos biológicos (adalimumab, infliximab, etarnecept, etc.) atuam numa área especifica da resposta imune e parecem dar resultados promissores, porém ainda tem riscos de apresentar efeitos colaterais que
precisam ser acompanhados e infelizmente são muito caros. Os pacientes que iniciam biológico precisam ter monitorização com exames de sangue freqüentes e precisam ter um cuidado com a higiene pessoal intensa.
Cada paciente será avaliado e programado um tipo de tratamento específico para seu tipo de pele, raça, localização das lesões, gravidade e número das mesmas, podendo este programa de tratamento variar conforme a necessidade de cada pessoa.
Para o sucesso do tratamento precisa-se que não só o médico, mas o próprio paciente esteja engajado e motivado a seguir as recomendações. O paciente precisa entender que sua doença é crônica e que, se controlado os fatores desencadeantes, terá uma qualidade de vida próxima do normal para qualquer pessoa!
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